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VALOR EM SAÚDE: Como implementar?

Você não conhece ou não entendeu ainda como a estratégia de valor em saúde acontece na pratica? Eu vou explicar neste artigo quais são os principais componentes para a implantação de uma estratégia de saúde focada em valor.


Antes de começarmos a falar sobre os componentes de implementação, quero lembrar do conceito de valor em saúde. O conceito de VALOR pode ser aplicado a qualquer setor, não só à saúde, e em termos práticos, pode ser definido como A importância (relevância) que um indivíduo dá a determinado bem ou serviço.


Então, seguindo este conceito, entregar VALOR na área da saúde é entregar um serviço focado no que mais importa para ao indivíduo ou paciente. Segundo o Michael Porter, professor da Harvard Business School que desenvolveu esse modelo na saúde, o que mais importa para o paciente é ter melhores resultados em saúde a um custo menor.


Não parece novidade , mas nós não estamos fazendo isso da forma certa. A maioria dos serviços de saúde hoje têm muito muito trabalho, pouco resultado e não estão gerando mais valor com o tempo.


É por isso, que o modelo de saúde baseada em valor que foi desenvolvido pelos professores da Harvard Business School, traz diversos componentes para ajudar os serviços a implementarem uma estratégia que efetivamente gere valor para o paciente. E São estes componentes que vou explicar para vocês agora.



Para você que quer saber, como que a teoria de Saúde baseada em valor é aplicada na prática, o primeiro passo é entender, quais são os componentes da agenda estratégica de valor



Em 2013, o artigo “The Strategy that will fix health care” publicado pela Harvard business school pelos prof Michael Porter e Thomas Lee, deixou mais claro quais componentes devem ser implementados, através da AGENDA de VALOR, representada na figura de estrela abaixo







Não há necessidade de implementar todos os componentes ao mesmo tempo para melhorar resultados e também não há uma ordem obrigatória para a implementação dos componentes, por isso a figura mostra setas multidirecionais.


O mais importante aqui é fazer uma análise, um diagnóstico adequado para definir qual componente deve ser priorizado pela instituição, qual componente tem potencial maior de melhorar resultados de acordo com os objetivos estratégicos.


Um dos componentes da agenda estratégica de valor, é a Organização de Unidades de prática integrada, chamadas de IPUs. Uma IPU é um modelo desenvolvido para que as instituições se organizem do ponto de vista estrutural, de processos e resultados, de forma a garantir a máxima entrega de valor para o paciente. Ela é centrada na condição de saúde do paciente, assim como todos os demais componentes dia agenda de valor.


O segundo componente, trata da mensuração de desfechos em saúde e custos para cada paciente. É um componente muito importante, que reflete a equação de valor que preconiza a entrega de melhores resultados ao menor custo.

O ponto de atenção aqui é que nao é qualquer indicador de resultado que deve ser medido, mas sim aqueles que realmente importam para os pacientes para isso existem critérios que devem ser atendidos.

Da mesma forma, temos que ter atenção ao custo, porque a forma que a maioria das instituições mensuram custo hoje, não esta alinhada com a entrega de valor para o paciente. A mensuração de custo deve utilizar métodos acurados, como o TDABC sugerido pelo Prof. Robert Kaplan.


O terceiro componente, trata da migração para pagamentos por Bundles de ciclo de cuidado. Atualmente, a maior parte da remuneração das instituições de saúde é realizada a partir do Fee For Service, que não incentiva a entrega de valor, mas sim de produção. O modelo de remuneração baseado em valor, como é o caso do bundle que estamos falando, ele incentiva prestadores a entregarem melhores resultados a um menor custo.


O quarto componente, é muito importante para redes ou grupos que tem múltiplos serviços. Ele se refere a integração de cuidados entre unidades de serviços de forma a potencializar a entrega de valor.


O quinto componente, dá suporte a expansão geográfica dos serviços. A partir do momento que uma instituição já trabalhou com os demais componentes da agenda de valor e quer expandir esses serviços, deve seguir também um modelo focado em valor.


O último e essencial componente trata da necessidade de construir e implementar plataformas de tecnologias da informação para dar suporte a todos os componentes.


Estes componentes quando bem estruturados e implementados geram vários benefícios às instituições de saúde, melhorando os seus resultados, como já foi visto em diversos países no mundo e também no Brasil.


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